quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

I Fórum de Lideranças Sindicais acontece no CorenPR

Durante todo o dia da última sexta-feira(19) ocorreu o 1° Fórum de Lideranças Sindicais do CorenPR, realizado na sede do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná. O objetivo do presidente do Coren, Montgomery Pastorelo Benites, foi garantir uma discussão eficaz sobre as reais necessidades dos profissionais de enfermagem, além da união entre as entidades de classe e o Coren.



O dia começou com a apresentação das ações do Conselho já feitas durante a gestão 2009/2011 – Um Coren para Todos. Logo depois, a programação e funcionamento dos Workshops de Enfermagem de 2010 foram esclarecidos aos membros e ficou decidido que todos aquelas entidades que quiserem apresentar um pouco de seu trabalho durante o evento terão espaço para apresentação. A importância do REFIS – programa de refinanciamento fiscal também mostrada aos participantes.

Durante a tarde, as lideranças e o Coren prepararam o Plano de Cooperação. Ficou decidido que haverá uma palestra do departamento jurídico do Coren para todos os órgãos de classe que estiverem interessados em saber como as legislações da enfermagem funcionam perante a sociedade, esclarecer as responsabilidades civil e ética do profissional de enfermagem e como Coren pode ajudar nas questões trabalhistas.



A decisão foi tomada devido ao grande número de denúncias feitas por parte dos sindicalistas na reunião, como por exemplo, a falta de profissionais dentro dos hospitais. Essa medida pretende diminuir ao máximo casos como esse. Além disso, Montgomery Pastorelo Benites também deixou claro que a fiscalização tende a aumentar, uma vez que haverão novas contratações.

Foram estabelecidos também parcerias com os Cursos do PAPE (Programa de Aperfeiçoamento do Profissional de Enfermagem) entre os sindicatos do interior e o Coren, como por exemplo, na cidade de Campo Mourão.

Todo esse plano será retomado no segundo semestre pelos membros participantes. No mês de Agosto ocorrerá o II Fórum de Lideranças do Coren-PR, que pretende também analisar os resultados das medidas e traçar as futuras.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gisele Bündchen comprova os benefícios do parto natural

Muito comum em vários países da Europa, o parto natural ainda é uma realidade distante no Brasil, onde é grande o número de cesarianas. Segundo dados do IBGE, elas equivalem a 43% dos partos, índice considerado alto, e longe do ideal, pela Organização Mundial da Saúde. O motivo de tal realidade decorre, na maioria dos casos, da falta de informação do paciente, que desconhece, e até ignora, os benefícios do parto normal.

No entanto, muitas mães que optam por não se submeter aos efeitos da anestesia e usufruem da sensação de dar à luz diante das sensações naturais do corpo provam ser este o método mais saudável.

A top model Gisele Bündchen é uma delas. Conhecida internacionalmente pelo seu talento nas passarelas e por ser uma das modelos mais bem pagas do mundo, Bündchen podia ter escolhido o melhor hospital, dotado dos melhores equipamentos cirúrgicos, para fazer o parto do seu primeiro filho. No entanto, revelou em entrevista ao Fantástico, programa dominical da Rede Globo, que sua escolha foi outra.

Nascido no dia 08 de dezembro de 2009, Benjamin, primogênito da modelo, veio ao mundo através de parto natural. “O meu [parto] foi na banheira. Foi um parto na água. É que eu me preparei muito. Eu queria muito ter um parto em casa, sempre achei muito importante. Eu queria ter muita consciência na hora do parto. Eu queria estar consciente e presente do que estava acontecendo. Eu não queria estar dopada, anestesiada”, revelou Gisele Bündchen.

A top model destacou ainda que, durante toda a gestação, trabalhou mente e corpo para o momento final. “Eu queria sentir, eu queria estar presente. Então, eu fiz bastante preparo. Eu fazia yoga bastante antes do parto. Eu fazia bastante meditação. Então, eu consegui ter um parto super tranqüilo, em casa. Ele nasceu super tranquilo. Ele é um anjinho por causa disso. Ele nasceu, não chorou, ele ficou o tempo inteiro no meu colo. Então, ele nunca saiu de perto de mim. A minha mãe estava lá. Meu marido, minha mãe e a parteira".

Gisele também afirmou ao Fantástico que melhor de tudo foi a recuperação, após o parto. “No segundo dia, eu estava caminhando, eu estava lavando a louça, eu estava fazendo panqueca.
Vamos embora, bola para frente, eu não tenho tempo para ficar sentada na cama”. A top voltou a trabalhar depois de seis semanas, e não abre mãe de amamentar o filho, ato que concilia com sua agenda de trabalho.

Parto Natural

Exemplo com o de Gisele Bündchen só vem reforçar a necessidade de campanha cada mais incisivas em prol do parto natural, como a lançada pela Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), com o tema “Parto normal. Deixe essa ideia nascer em você”

O objetivo é mostrar à população que o procedimento oferece à gestante melhores condições de recuperação e menores riscos de infecção para a mãe e o bebê, e pode ser realizado por um enfermeiro-obstetra, habilitado e inscrito no seu respectivo Conselho Regional de Enfermagem.
Sabe-se que o parto em hospitais é considerado muito invasivo e, por serem usadas anestesias, as mães não sentem o nascimento do bebê. Com o parto normal são liberados analgésicos naturais pelo corpo e a mãe pode se concentrar e sentir-se tranquila para ter o bebê.

Além disso, com a liberação de hormônios, ajuda na amamentação e faz com que a mãe fique atenta, pronta e consciente para desenvolver um vínculo com seu bebê.

O parto natural e o atendimento humanizado também têm sido motivo de diversos investimentos por parte do Ministério da Saúde, dentre os quais o Programa de Humanização do Parto e Nascimento e criação dos Centros de Parto Normal.

Nesse sentido, o Cofen vem fazendo a sua parte, uma vez que normatizou a atuação e a responsabilidade civil do enfermeiro-obstetra nos Centros de Parto normal ou Casas de Partos da aprovação, pelo Plenário da autarquia, da resolução nº 339, de 23.07.2008.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ministério do Trabalho apóia jornada de 30 horas para a Enfermagem

Em uma atitude de respeito para com os profissionais da Enfermagem e de valorização da categoria, o Ministério do Trabalho e Emprego emitiu parecer favorável ao P.L 2295/2000, que trata da redução da jornada de trabalho para 30 horas.

Através de nota técnica, assinada por Luiz Antonio de Medeiros, secretário de Relações do Trabalho, do MTE, o Ministério defende: “a atividade dos profissionais de enfermagem é de extrema importância social, dado que, por meio dela se preserva o bem maior de todo ser humano: a vida. São profissionais que exercem suas atividades com desvelo e dedicação sem paralelo, sacrificando, muitas vezes, suas questões pessoais em favor de outras pessoas”.

O documento ressalta ainda que a atual legislação não trata os profissionais da categoria com a deferência merecida. “Os profissionais de enfermagem são submetidos, pelos empregadores, a uma jornada de trabalho exaustiva, desumana, que causa cansaço e estresse, com diminuição da produtividade e da qualidade de vida”, pontua o MTE, por meio da nota.

Outro ponto destacado é a submissão a mais de um vínculo empregatício para complementar renda e ter uma remuneração digna, o que resulta em uma jornada de 12 horas diárias. Segundo o Ministério, “isso decorre da aplicação da jornada de trabalho geral da Consolidação das Leis do Trabalho aos enfermeiros, que não levou em consideração as peculiaridades da profissão”.

Por fim, para justificar o apoio ao P.L, declara: “Verifica-se que o projeto, ao estabelecer em seis horas diárias e trinta semanais a jornada dos profissionais de saúde, vem a adequar a lei e por fim a essa injustiça, de modo a permitir que o enfermeiro, o técnico e o auxiliar de enfermagem possuam, pela importância de sua profissão no meio social, maior período de descanso para repor as energias despendidas em uma tarefa árdua, geralmente cumprida sob intensa tensão”.



Jornada de 30 horas
Após passar 09 anos no Senado e 05 na Câmara de Deputados, o Projeto de Lei 2295/ 2000 foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados, pela Comissão de Finanças e Tributação, pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania. Agora, aguarda entrar na pauta de votação do plenário da Câmara.

A expectativa para a sua aprovação é grande, uma vez que serão inúmeros os resultados positivos. Sendo a Enfermagem composta 85% por mulheres - grande parte, mães e esposas -, a redução da jornada para 30 horas implicará em mais tempo para que estas profissionais dediquem-se à família.

Além disso, terão mais tempo para se capacitar através de cursos, especializações, mestrados e doutorados, oferecendo grande contribuição intelectual para a área. E mais: o mercado estará apto a receber novos profissionais, diante da crescente demanda proveniente das faculdades, uma vez que oferecerá novas oportunidades de emprego.

No entanto, os resultados não beneficiarão apenas aos profissionais, mas toda a sociedade, especialmente os usuários do sistema de saúde e os pacientes.