sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CorenPR participa de debate sobre aborto na TV Transamérica

Aceitando o convite do Programa Toda Tarde, da TV Transamérica, o CorenPR participou de um debate sobre a descriminalização do aborto, ao lado de diversas outras entidades. Representado pela Conselheira Dra. Hellen Roehrs, o CorenPR apresentou sua posição acerca do tema, que foi amplamente discutido pelos especialistas presentes.



"O tema da descriminalização do aborto é muito complexo porque envolve diversas realidades e pontos de vista. O problema maior é que, pelo fato de ser crime, as mulheres que obtiveram uma gravidez indesejada e optaram pelo aborto não possuem à sua disposição profissionais qualificados e nem locais adequados para garantir uma cirurgia com menos riscos - que é um atentado à vida dessa mulher e também à da criança." afirma o médico Dr. Wallace.

"No que tange à Enfermagem, nós profissionais nunca deixaremos de atender qualquer mãe que estiver necessitando de auxílio por ter efetuado ilegalmente um ato abortivo em outro lugar. O problema que se instaura é que uma alta porcentagem das mulheres que adquirem uma gravidez indesejada optam pelo aborto - idependente da Lei. Isso mostra falta de planejamento familiar, que foi estabelecido como política pública com a criação do SUS. A Enfermagem é fundamental para dar assistência às futuras mães e aos jovens, mostrando o melhor caminho para construir uma vida em família. Se nós investíssemos mais em educação sexual e em planejamento familiar, com certeza o aborto deixaria de ser um ato que acontece todos os dias, segundo as pesquisas que foram levantadas ao longo dos anos. A mulher tem o direito de responder pelo seu corpo, mas a vida das crianças é fundamental também. É nosso dever, enquanto profissionais de saúde, educar e assistenciar as mulheres em todas as fases da sua vida familiar, prezando sempre pela vida das futuras mães e seus bebês." afirmou a Conselheira do CorenPR, Dra. Hellen Roehrs.

Você é contra ou a favor a Lei que descriminaliza o aborto?
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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Redes de Televisão desrespeitam a Enfermagem Brasileira

Veículos de comunicação são os principais responsáveis pela formação do imaginário e da opinião popular. Desde o surgimento da televisão, que é o principal veículo de comunicação no Brasil (uma vez que atinge quase a totalidade do território nacional com sua programação), as famílias se reúnem em frente àquela caixa com imagens pretas e brancas - posteriormente coloridas - garantindo entretenimento e acesso a informações importantes.

Porém, para garantir aumento no IBOPE (Instituto que mede índices de audiência no Brasil), algumas televisões passaram a oferecer programações fora do que se entende por “politicamente correto”. Isso se dá porque o humor, tramas literárias e telenovelas fazem uso de situações advindas da população para gerar afinidade e conseqüente aumento da audiência, justificando os investimentos milionários em publicidade.

Nos últimos anos, estes veículos de comunicação têm ultrapassado os limites quando o assunto é Enfermagem. Em diversas telenovelas e programas de humor, a televisão deu à sociedade a imagem de que a Enfermagem é uma profissão de submissão. Esta submissão, tanto no âmbito sexual quanto no âmbito da ciência, aparece em personagens Enfermeiras e Enfermeiros que fazem parte das tramas acompanhadas pela maior parte da população brasileira.

Por vezes o Conselho Federal de Enfermagem notificou alguns veículos de comunicação para não mais veicularem essa aparência falsa da Enfermagem. Algumas vezes as ações judiciais foram atendidas e houve a alteração do perfil do personagem mesmo durante a programação. Até mesmo no Paraná, algumas bandas utilizavam imagens de Enfermeiras fora dos padrões aceitáveis e foram retiradas de veiculação graças às denúncias e solicitações feitas pelo Conselho Regional de Enfermagem do Paraná.

Porém, em mais uma telenovela, vemos profissionais de enfermagem sendo denegridos. Enfermeiras que roubam bebês, Enfermeiras submissas ao médico, Enfermeiras, Técnicos de Enfermagem ou Auxiliares de Enfermagem maléficos e vilões são a forma como as redes de televisão têm mostrado a Enfermagem. Obviamente não são todas que possuem o mesmo posicionamento. Recentemente a Rede Record veiculou reportagens longas sobre a atuação digna e valorosa dos profissionais de enfermagem.

Então vem a questão. Vale mais aumentar a audiência de uma televisão denegrindo uma categoria do que fazer com que a população reconheça o valor impecável de mais de 1,4 milhões de trabalhadores de enfermagem para com a saúde brasileira?

Ações judiciais podem ser criadas pelas entidades, políticos podem exigir retratação, porém é da população que sairá a força para mudar a mentalidade dos veículos de comunicação. O Sistema Cofen/Corens investiu milhões de reais em propaganda para parabenizar os Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem durante a última Semana da Enfermagem.

A desculpa dada pelas redes para criar estes personagens é a famosa “liberdade de expressão”. Temos a mesma liberdade que eles têm: podemos escolher qual veículo de comunicação iremos assistir, ouvir ou ler. Da mesma forma, é importante acompanhar e divulgar a má qualidade das informações veiculadas nas televisões para que nossos colegas e familiares deixem de assisti-las. A Enfermagem não merece ser denegrida porque, como disse a Deputada Rosane em pronunciamento no Workshop de Enfermagem do Paraná: “o sucesso da saúde brasileira depende, mesmo que inseridos em uma equipe multidisciplinar, da Enfermagem”.

O COREN-PR repudia qualquer forma de apresentar a Enfermagem senão àquela digna, repleta de conhecimento, técnica e ciência. Os profissionais de enfermagem são fundamentais e nunca deixaram de prestar assistência e cuidado àqueles que um dia necessitaram.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Discussão de equipe em frente ao paciente

Segundo Roehrs H (Curso de Implicações Éticas na Enfermagem e Bioetica- Programa Proficiência), o profissional de enfermagem responsável, além de sua habilidades técnicas,competente em suas ações, não pode deixar de considerar a humanização no ato de cuidar. Por mais simples que seja a ação, deve prestá-la com perícia técnica impecável, lembrando que é aplicada em alguém que tem nome, família e inserção e representatividade na sociedade. Em uma situação vivenciada como acadêmica, presenciei uma equipe mutiprofissional, discutindo o caso de um cliente em frente ao leito, com a presença de mais clientes no quarto. Na discussão, afirmavam " não devemos mais investir nossos recursos nele".

Diante daquela situação, uma enfermeira interviu com educação, porém incisiva, na conversa. Afirmou que acima de tudo ela respeitava a vida, e então iria fazer tudo o que poderia ser feito. Neste momento, percebi a ética dela, pois imagine um monte de pessoas de branco num quarto com mais clientes internados todos ouvindo a equipe combinar que nada mais será feito por aquele cliente. Fico indignada imaginando a reação deles...

"Werydiane Matuszwski Silva - Acadêmica de Enfermagem e Monitora do Programa Proficiência"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Anjos da Enfermagem divertem crianças no Hospital Pequeno Príncipe



Durante a Semana da Enfermagem a atuação dos Anjos da Enfermagem - programa patrocinado pelo Sistema Cofen/Coren's - foi bastante requisitada. Os voluntários do programa participaram das atividades no Salão de Atos do Parque Barigui, na Uniandrade e no Hospital Pequeno Príncipe. Neste último, foram montadas barracas de atendimento, palco, e atividades para que as crianças divertissem-se.










sexta-feira, 30 de abril de 2010

SEMANA DA ENFERMAGEM 2010

Confira o comercial de valorização dos profissionais de enfermagem que vai ao ar na Semana de Enfermagem 2010, elaborado pelo Sistema Cofen/Coren's a todos os profissionais de enfermagem do país. Exclusivo no CorenTV - Conselho Regional de Enfermagem do Paraná

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Informações sobre a Caravana à Brasília do CorenPR

Para você que vai a Brasília na Caravana do CorenPR, confira abaixo as informações sobre a viagem.

Saída
Local: Ao lado do Teatro da Reitoria da UFPR Rua XV de Novembro, 1299 (esquina com Rua Dr. Faivre)
Horário: Impreterivelmente às 14hrs
Data: 12/04/2010

Retorno
Saída de Brasília dia 13/04/2010 às 17h com chegada em Curitiba dia 14/04/2010 pela manhã.

É necessário:
a) levar avental branco ou ir vestido de branco.
b) levar documento de identificação
c) levar força para representar os 63 mil profissionais de enfermagem do Paraná

Telefones de Contato:
Jorge Cavalim (para contato em Brasília) - (041) 9996-0280
Djalma - (041) 9909 4159
Sede - (041) 3301-8400

Nomes dos Participantes:
ADRIANA PEREIRA DA SILVA MATTOSO
ADRIANO PEREIRA DA SILVA
AGUINALDO GONCALVES DA CRUZ
ALBINA LURDES MATTANA MINOZZO
ALEXANDRA BERNADT RAZEIRA CRISIGIOVANNI
AMANDA BONFIM CHOTTI
ANA CARLA LEMOS HIPOLITO
ANA CAROLINE DE OLIVEIRA SANTOS
ANA FLAVIA CUNHA
ANA LUCAS
ANDRESSA DE LIMA
ANNE EMANUELE DA SILVA
ARIANE CRISTINA CEZAR
BEATRIZ PEREIRA MARTINS
BRUNA CARLA NEVES GERVA
BRUNICE MADRADO BARCELOS
CAMILA COGO CALEF DE SOUZA
CERES REGINA LOPES
CRISTIANE BARCELOS DE FREITAS FREITAS
CYNTHIA VENANCIO DE SOUZA
DALVA BEATRIZ DE OLIVEIRA
DEBORA CRISTINA MARTINS BARBOSA
DEISE SCHENOVEBER DE OLIVEIRA
DENILSE CARVALHO GOMES
DENISE RIBEIRO DE LIMA
EDUARDO JOSE TRUPPEL
ELENIR OLIVEIRA VELASCO
ELIANE REGINA GRACIANO
ELINEIDE GOMES DA SILVA
ELISABETE CRISTINA PASSIG DA SILVA
FERNANDA DE ALMEIDA LIMA
FLAVIA DE FATIMA COSTA
GIOVANA FRATIN
GISELI DA ROCHA
INDIANARA DUTRA
INDIANARA XIMENES FRACARO
IVONETE RODRIGUES
IVONEY DA SILVA RIBEIRO
JAMILLE FOSTEK MARTINS
JESSICA DE FATIMA CARVALHO
JORGE CAVALIM DE LIMA
JOSE MARCELO DE OLIVEIRA
JUCELIA ROSA FAUSTINO DE BRITO
JULIANA LUIZA GUIMARAES
KENIA EDUARDA APARECIDA
KLEINA BORGES DA SILVA
LAILA CRISTINA MADY
LIGIA LOPES RIBEIRO
LILIAN APARECIDA DA SILVA
LUANA SILVA PEREIRA
MARCIA REGINA ROSA DE OLIVEIRA
MARCO ANTONIO DE ARAUJO
MARGARETE DA SILVA PRADO
MARIA ROSA DE CAMPOS
MARIANE WINKLER BOSCO
MARLI APARECIDA RATUCHENEI
MILENA BELANDA LUZIA
NATALIA PROTSKI
NEIDE FLORES DA SILVA
NEIDELENE CLAUDIA FREDERICO
NEIVA MARIA MENDES
NELCI SCWERTNER
PATRICIA LAPPNOW
PAULO ROBERTO DE MATTOS
PRISCILA DOS SANTOS FERREIRA
REGINA SILVA
RENATA REBELLATTO
RODRIGO ADONAY BONATTO JUNIOR
RODRIGO GUERRA LEAL
ROSILEINE DA CRUZ
SANDRA MARA DOS SANTOS SILVA
VANIRLEI SOUZA
SIMONE JORGE
SIMONE RUTE GARCIA
SOLUA VIEIRA LUCAS
THAIS BROZA DE OLIVEIRA ANTUNES
THALYTA DA SILVA KEPKA
VANDERLEI ALVES DE OLIVEIRA
VANESSA MOLINA AZAMBUJA
EDLAINE KUSDRA
MARCELO MARQUES
LIVIANE RIBEIRO
DJALMA DE OLIVEIRA PEDRO
BEATRIZ FONINI

segunda-feira, 29 de março de 2010

Workshop de Enfermagem em Londrina lota auditório da UNOPAR.

Aconteceu dia 27 de março o Workshop de Enfermagem do Paraná - Edição Londrina - que contou com 180 profissionais de enfermagem e estudantes de Londrina e região. Para saber mais sobre os Workshops de Enfermagem "clique aqui". Confira a fala do Presidente do CorenPR, Dr. Montgomery Pastorelo Benites.









Veja as fotos do evento "clicando aqui".

terça-feira, 23 de março de 2010

Dia Nacional de Mobilização pelas 30 Horas.



CorenPR inicia cadastramento de inscritos para Caravanas à Brasília.

Após a definição do dia 13 de abril como o Dia Nacional de Mobilização pelas 30 Horas, pelo Conselho Federal de Enfermagem, a ser realizado no dia 13 de abril de 2010, às 10h, no Anexo II da Câmara dos Deputados, o CorenPR irá fretar dois ônibus para que a categoria de enfermagem paranaense possa estar presente e fazer diferença na votação.
Se houver mais interessados a frota será aumentada. Ao todo são 80 profissionais e estudantes que poderão participar. Se você deseja ir envie seus dados (Nome Completo, RG, CPF, Telefone) para o e-mail caravanasbrasilia@corenpr.org.br ou ligue para (41) 99094159 c/ Djalma.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Workshop de Enfermagem do Paraná levanta as necessidades da enfermagem brasileira


Dr. Montgomery Pastorelo Benites (Presidente do CorenPR) discursa no Workshop de Enfermagem 2010

Durante este sábado (13) aconteceu a primeira edição de 2010 do Workshop de Enfermagem do Paraná. Criado pelo CorenPR, o evento tem o objetivo de discutir com personalidades da enfermagem brasileira e paranaense questões voltadas à profissão de enfermagem nos quesitos éticos, sindicais e de desenvolvimento científico.



Profissionais e estudantes participam das atividades desde a manhã.

Ao longo da manhã os profissionais ouviram pequenas palestras de convidados como Maria Goretti (Presidente da ABEn Nacional), Montgomery Pastorelo Benites (Presidente do CorenPR), Isabel Cristina (Presidente do Sindesc) e Ezia Corradi (Professora da PUC-PR). O ponto alto da manhã foi a palestra magna proferida pelo Dr. Ivo Borges (Assessor Legislativo do COFEN) que, de forma técnica e prática, colocou o a realidade do Sistema Cofen/Coren´s em pauta apresentando as ações que estão sendo realizadas em prol da valorização profissional - tema também discutido pelos outros palestrantes.


Dr. Ivo Borges (Assessor Legislativo do COFEN) é o palestrante magno do evento


Maria Goretti (Presidente da ABEn Nacional) e Montgomery Pastorelo Benites (Presidente do CorenPR)


Ézia M. Corradi (Professora PUC-PR) e Marilene Mangini Correia (Coordenadora do Curso de Enfermagem da PUC-PR)

Dos demais temas discutidos estavam a vacinação dos profissionais de saúde contra o vírus Influenza H1N1, a atual gestão do CorenPR - que foi elogiada pelos palestrantes, a luta pelo PL das 30 horas e do Piso Salarial para a enfermagem, a realidade dos profissionais no ambiente de trabalho e a falta de cursos de mestrado e doutorado para a categoria.

Durante a tarde, os participantes participaram de cursos sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem, Assistência no Cuidado ao Adulto, Humanização da Assistência de Enfermagem e Assistência na Urgência.

Com cerca de 180 participantes, o Workshop conseguiu cumprir seus objetivos. De forma gratuita, levar aos profissionais de enfermagem temas políticos importantes e o desenvolvimento do saber de enfermagem. As próximas edições estão marcadas para Londrina, Cascavel, Maringá, Ponta Grossa, Umuarama e Guarapuava.

Para maiores informações, acesso o site www.corenpr.org.br/workshop2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

I Fórum de Lideranças Sindicais acontece no CorenPR

Durante todo o dia da última sexta-feira(19) ocorreu o 1° Fórum de Lideranças Sindicais do CorenPR, realizado na sede do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná. O objetivo do presidente do Coren, Montgomery Pastorelo Benites, foi garantir uma discussão eficaz sobre as reais necessidades dos profissionais de enfermagem, além da união entre as entidades de classe e o Coren.



O dia começou com a apresentação das ações do Conselho já feitas durante a gestão 2009/2011 – Um Coren para Todos. Logo depois, a programação e funcionamento dos Workshops de Enfermagem de 2010 foram esclarecidos aos membros e ficou decidido que todos aquelas entidades que quiserem apresentar um pouco de seu trabalho durante o evento terão espaço para apresentação. A importância do REFIS – programa de refinanciamento fiscal também mostrada aos participantes.

Durante a tarde, as lideranças e o Coren prepararam o Plano de Cooperação. Ficou decidido que haverá uma palestra do departamento jurídico do Coren para todos os órgãos de classe que estiverem interessados em saber como as legislações da enfermagem funcionam perante a sociedade, esclarecer as responsabilidades civil e ética do profissional de enfermagem e como Coren pode ajudar nas questões trabalhistas.



A decisão foi tomada devido ao grande número de denúncias feitas por parte dos sindicalistas na reunião, como por exemplo, a falta de profissionais dentro dos hospitais. Essa medida pretende diminuir ao máximo casos como esse. Além disso, Montgomery Pastorelo Benites também deixou claro que a fiscalização tende a aumentar, uma vez que haverão novas contratações.

Foram estabelecidos também parcerias com os Cursos do PAPE (Programa de Aperfeiçoamento do Profissional de Enfermagem) entre os sindicatos do interior e o Coren, como por exemplo, na cidade de Campo Mourão.

Todo esse plano será retomado no segundo semestre pelos membros participantes. No mês de Agosto ocorrerá o II Fórum de Lideranças do Coren-PR, que pretende também analisar os resultados das medidas e traçar as futuras.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gisele Bündchen comprova os benefícios do parto natural

Muito comum em vários países da Europa, o parto natural ainda é uma realidade distante no Brasil, onde é grande o número de cesarianas. Segundo dados do IBGE, elas equivalem a 43% dos partos, índice considerado alto, e longe do ideal, pela Organização Mundial da Saúde. O motivo de tal realidade decorre, na maioria dos casos, da falta de informação do paciente, que desconhece, e até ignora, os benefícios do parto normal.

No entanto, muitas mães que optam por não se submeter aos efeitos da anestesia e usufruem da sensação de dar à luz diante das sensações naturais do corpo provam ser este o método mais saudável.

A top model Gisele Bündchen é uma delas. Conhecida internacionalmente pelo seu talento nas passarelas e por ser uma das modelos mais bem pagas do mundo, Bündchen podia ter escolhido o melhor hospital, dotado dos melhores equipamentos cirúrgicos, para fazer o parto do seu primeiro filho. No entanto, revelou em entrevista ao Fantástico, programa dominical da Rede Globo, que sua escolha foi outra.

Nascido no dia 08 de dezembro de 2009, Benjamin, primogênito da modelo, veio ao mundo através de parto natural. “O meu [parto] foi na banheira. Foi um parto na água. É que eu me preparei muito. Eu queria muito ter um parto em casa, sempre achei muito importante. Eu queria ter muita consciência na hora do parto. Eu queria estar consciente e presente do que estava acontecendo. Eu não queria estar dopada, anestesiada”, revelou Gisele Bündchen.

A top model destacou ainda que, durante toda a gestação, trabalhou mente e corpo para o momento final. “Eu queria sentir, eu queria estar presente. Então, eu fiz bastante preparo. Eu fazia yoga bastante antes do parto. Eu fazia bastante meditação. Então, eu consegui ter um parto super tranqüilo, em casa. Ele nasceu super tranquilo. Ele é um anjinho por causa disso. Ele nasceu, não chorou, ele ficou o tempo inteiro no meu colo. Então, ele nunca saiu de perto de mim. A minha mãe estava lá. Meu marido, minha mãe e a parteira".

Gisele também afirmou ao Fantástico que melhor de tudo foi a recuperação, após o parto. “No segundo dia, eu estava caminhando, eu estava lavando a louça, eu estava fazendo panqueca.
Vamos embora, bola para frente, eu não tenho tempo para ficar sentada na cama”. A top voltou a trabalhar depois de seis semanas, e não abre mãe de amamentar o filho, ato que concilia com sua agenda de trabalho.

Parto Natural

Exemplo com o de Gisele Bündchen só vem reforçar a necessidade de campanha cada mais incisivas em prol do parto natural, como a lançada pela Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), com o tema “Parto normal. Deixe essa ideia nascer em você”

O objetivo é mostrar à população que o procedimento oferece à gestante melhores condições de recuperação e menores riscos de infecção para a mãe e o bebê, e pode ser realizado por um enfermeiro-obstetra, habilitado e inscrito no seu respectivo Conselho Regional de Enfermagem.
Sabe-se que o parto em hospitais é considerado muito invasivo e, por serem usadas anestesias, as mães não sentem o nascimento do bebê. Com o parto normal são liberados analgésicos naturais pelo corpo e a mãe pode se concentrar e sentir-se tranquila para ter o bebê.

Além disso, com a liberação de hormônios, ajuda na amamentação e faz com que a mãe fique atenta, pronta e consciente para desenvolver um vínculo com seu bebê.

O parto natural e o atendimento humanizado também têm sido motivo de diversos investimentos por parte do Ministério da Saúde, dentre os quais o Programa de Humanização do Parto e Nascimento e criação dos Centros de Parto Normal.

Nesse sentido, o Cofen vem fazendo a sua parte, uma vez que normatizou a atuação e a responsabilidade civil do enfermeiro-obstetra nos Centros de Parto normal ou Casas de Partos da aprovação, pelo Plenário da autarquia, da resolução nº 339, de 23.07.2008.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ministério do Trabalho apóia jornada de 30 horas para a Enfermagem

Em uma atitude de respeito para com os profissionais da Enfermagem e de valorização da categoria, o Ministério do Trabalho e Emprego emitiu parecer favorável ao P.L 2295/2000, que trata da redução da jornada de trabalho para 30 horas.

Através de nota técnica, assinada por Luiz Antonio de Medeiros, secretário de Relações do Trabalho, do MTE, o Ministério defende: “a atividade dos profissionais de enfermagem é de extrema importância social, dado que, por meio dela se preserva o bem maior de todo ser humano: a vida. São profissionais que exercem suas atividades com desvelo e dedicação sem paralelo, sacrificando, muitas vezes, suas questões pessoais em favor de outras pessoas”.

O documento ressalta ainda que a atual legislação não trata os profissionais da categoria com a deferência merecida. “Os profissionais de enfermagem são submetidos, pelos empregadores, a uma jornada de trabalho exaustiva, desumana, que causa cansaço e estresse, com diminuição da produtividade e da qualidade de vida”, pontua o MTE, por meio da nota.

Outro ponto destacado é a submissão a mais de um vínculo empregatício para complementar renda e ter uma remuneração digna, o que resulta em uma jornada de 12 horas diárias. Segundo o Ministério, “isso decorre da aplicação da jornada de trabalho geral da Consolidação das Leis do Trabalho aos enfermeiros, que não levou em consideração as peculiaridades da profissão”.

Por fim, para justificar o apoio ao P.L, declara: “Verifica-se que o projeto, ao estabelecer em seis horas diárias e trinta semanais a jornada dos profissionais de saúde, vem a adequar a lei e por fim a essa injustiça, de modo a permitir que o enfermeiro, o técnico e o auxiliar de enfermagem possuam, pela importância de sua profissão no meio social, maior período de descanso para repor as energias despendidas em uma tarefa árdua, geralmente cumprida sob intensa tensão”.



Jornada de 30 horas
Após passar 09 anos no Senado e 05 na Câmara de Deputados, o Projeto de Lei 2295/ 2000 foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados, pela Comissão de Finanças e Tributação, pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania. Agora, aguarda entrar na pauta de votação do plenário da Câmara.

A expectativa para a sua aprovação é grande, uma vez que serão inúmeros os resultados positivos. Sendo a Enfermagem composta 85% por mulheres - grande parte, mães e esposas -, a redução da jornada para 30 horas implicará em mais tempo para que estas profissionais dediquem-se à família.

Além disso, terão mais tempo para se capacitar através de cursos, especializações, mestrados e doutorados, oferecendo grande contribuição intelectual para a área. E mais: o mercado estará apto a receber novos profissionais, diante da crescente demanda proveniente das faculdades, uma vez que oferecerá novas oportunidades de emprego.

No entanto, os resultados não beneficiarão apenas aos profissionais, mas toda a sociedade, especialmente os usuários do sistema de saúde e os pacientes.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Explicáveis resistências ao Ato Médico, por Paulo Kroeff

O presidente do Cremers (Zero Hora, 28 de dezembro de 2009) pretende existir “inexplicável [...] campanha contra a regulamentação da medicina”, orquestrada por “todas as outras 13 profissões da saúde”. Primeiro – e essencial – esclareça-se: as “outras 13 profissões da saúde” são favoráveis à regulamentação da medicina. As “explicáveis resistências” são quanto a partes do projeto de lei, que reedita, em roupagem nova, tentativas anteriores de propor-se “imperialmente” às outras profissões da saúde.

O presidente do Cremers declara apreço por todos os profissionais da saúde. Esta louvável declaração é anulada quando atribui aos outros profissionais da saúde desejos de “atuar como médico sem cursar Medicina”. Por que o quereriam se escolheram outras profissões? Também insinua que estariam agindo “em função de interesses políticos e econômicos”, desconsiderando que este argumento pode ser devolvido com força a quem o brandiu.

O presidente do Cremers também escamoteia a informação de que outros profissionais da saúde como psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, também precisam “enfrentar um concorrido vestibular”, em cursos de longa duração. Especialmente arrogante é sua declaração de que “esses profissionais [...] Em alguns casos, intitulam-se ‘doutores’, confundindo os pacientes menos avisados”.

Ora, todos sabemos que “doutor” é um título universitário ao qual tem direito quem conclui programa de doutorado, em qualquer área. Temos, então, doutores em Medicina, sim, mas também doutores em Terapia Ocupacional, Serviço Social, Odontologia, Fonoaudiologia, para mencionar alguns possíveis entre profissionais da saúde.

É verdade que “pacientes menos avisados” podem ser confundidos por autointitulados “doutores” que só concluíram curso de graduação. Mais negativa será esta esdrúxula usurpação de título se for respaldada por algum dirigente de classe, de determinada profissão da saúde, que pretenda reservar indevidamente este título acadêmico a seus profissionais. Cada uma das 14 profissões da saúde tem atribuições de diagnóstico e de plano terapêutico que não podem ser assumidas, como proposto no artigo, somente pelos médicos.

Deve-se denunciar esta pretensão corporativa do presidente do Cremers. Na verdade, com tanto saber pretendido, causa estranheza que tenha permitido que a terapêutica “poderá, sim, ser executada por outros profissionais”. A população deve ser alertada sobre os danos para a saúde coletiva quando uma categoria profissional tenta tutelar todas as demais, extrapolando sua atuação para áreas profissionais que não a sua. É por isso que 13 profissões da saúde opõem-se, na forma em que está redigido, ao Projeto de Lei nº 7.703/06.


PAULO KROEFF Professor da Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS

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