quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gisele Bündchen comprova os benefícios do parto natural

Muito comum em vários países da Europa, o parto natural ainda é uma realidade distante no Brasil, onde é grande o número de cesarianas. Segundo dados do IBGE, elas equivalem a 43% dos partos, índice considerado alto, e longe do ideal, pela Organização Mundial da Saúde. O motivo de tal realidade decorre, na maioria dos casos, da falta de informação do paciente, que desconhece, e até ignora, os benefícios do parto normal.

No entanto, muitas mães que optam por não se submeter aos efeitos da anestesia e usufruem da sensação de dar à luz diante das sensações naturais do corpo provam ser este o método mais saudável.

A top model Gisele Bündchen é uma delas. Conhecida internacionalmente pelo seu talento nas passarelas e por ser uma das modelos mais bem pagas do mundo, Bündchen podia ter escolhido o melhor hospital, dotado dos melhores equipamentos cirúrgicos, para fazer o parto do seu primeiro filho. No entanto, revelou em entrevista ao Fantástico, programa dominical da Rede Globo, que sua escolha foi outra.

Nascido no dia 08 de dezembro de 2009, Benjamin, primogênito da modelo, veio ao mundo através de parto natural. “O meu [parto] foi na banheira. Foi um parto na água. É que eu me preparei muito. Eu queria muito ter um parto em casa, sempre achei muito importante. Eu queria ter muita consciência na hora do parto. Eu queria estar consciente e presente do que estava acontecendo. Eu não queria estar dopada, anestesiada”, revelou Gisele Bündchen.

A top model destacou ainda que, durante toda a gestação, trabalhou mente e corpo para o momento final. “Eu queria sentir, eu queria estar presente. Então, eu fiz bastante preparo. Eu fazia yoga bastante antes do parto. Eu fazia bastante meditação. Então, eu consegui ter um parto super tranqüilo, em casa. Ele nasceu super tranquilo. Ele é um anjinho por causa disso. Ele nasceu, não chorou, ele ficou o tempo inteiro no meu colo. Então, ele nunca saiu de perto de mim. A minha mãe estava lá. Meu marido, minha mãe e a parteira".

Gisele também afirmou ao Fantástico que melhor de tudo foi a recuperação, após o parto. “No segundo dia, eu estava caminhando, eu estava lavando a louça, eu estava fazendo panqueca.
Vamos embora, bola para frente, eu não tenho tempo para ficar sentada na cama”. A top voltou a trabalhar depois de seis semanas, e não abre mãe de amamentar o filho, ato que concilia com sua agenda de trabalho.

Parto Natural

Exemplo com o de Gisele Bündchen só vem reforçar a necessidade de campanha cada mais incisivas em prol do parto natural, como a lançada pela Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), com o tema “Parto normal. Deixe essa ideia nascer em você”

O objetivo é mostrar à população que o procedimento oferece à gestante melhores condições de recuperação e menores riscos de infecção para a mãe e o bebê, e pode ser realizado por um enfermeiro-obstetra, habilitado e inscrito no seu respectivo Conselho Regional de Enfermagem.
Sabe-se que o parto em hospitais é considerado muito invasivo e, por serem usadas anestesias, as mães não sentem o nascimento do bebê. Com o parto normal são liberados analgésicos naturais pelo corpo e a mãe pode se concentrar e sentir-se tranquila para ter o bebê.

Além disso, com a liberação de hormônios, ajuda na amamentação e faz com que a mãe fique atenta, pronta e consciente para desenvolver um vínculo com seu bebê.

O parto natural e o atendimento humanizado também têm sido motivo de diversos investimentos por parte do Ministério da Saúde, dentre os quais o Programa de Humanização do Parto e Nascimento e criação dos Centros de Parto Normal.

Nesse sentido, o Cofen vem fazendo a sua parte, uma vez que normatizou a atuação e a responsabilidade civil do enfermeiro-obstetra nos Centros de Parto normal ou Casas de Partos da aprovação, pelo Plenário da autarquia, da resolução nº 339, de 23.07.2008.

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